15 jul COMO A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL AFETA O TRÂNSITO
Cada dia que se passa, o trânsito nos grandes centros urbanos do país se torna cada vez mais caótico. Já abordamos aqui previamente sobre a como isso afeta na micromobilidade. Porém não é somente na ação de dirigir e chegar ao seu destino no horário correto que um trânsito carregado afeta.
Considerado por todos os condutores um motivo de vitória quando se consegue a permissão para dirigir, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) é um dos principais desafios para quem quer ter o direito de conduzir o veículo.
Devida a pressão existente durante um processo de habilitação, muitos condutores enxergam o ato de conduzir um veículo com estresse, sendo preocupante a angústia e ansiedade que se começa a gerar no condutor durante este processo de aprendizagem, e é visto também no relacionamento interpessoal no trânsito.
Relacionamento este que cada dia se torna mais caótico devido aos grandes congestionamentos que existem em horários de maior movimento dos centros urbanos, bem como também à angústia gerada pela pressa dos condutores cada vez mais frequente.
REAÇÕES VIOLENTAS NO TRÂNSITO EVIDENCIAM A FALTA DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL DOS CONDUTORES
A necessidade de uma inteligência emocional é evidente nas relações intrapessoais e interpessoais.
A relação intrapessoal seria a relação que ocorre somente dentro da pessoa, uma vez que o condutor por problemas pessoais como medo, insegurança e ansiedade, deixa de executar uma atividade por conta que existe este bloqueio em seu cérebro.
Agora o que seria o relacionamento interpessoal? Basicamente é o relacionamento que possui com outras pessoas, nesse caso, com outros condutores, seja de veículos normais, veículos alternativos e pedestres.
O nosso trânsito é baseado o tempo todo em um diálogo. Diálogo este que não se limita a apenas aos sinais já existentes nas vias e também nos veículos.
Há um constante diálogo entre os condutores durante um trajeto, visto que cada condutor possui um objetivo no trânsito. Ao mesmo tempo em que existem condutores apressados para chegar a um trabalho ou reunião, existem também condutores que estão em tempo livre e sem nenhuma pressa.
E como estes condutores conversam? Muitas das vezes com uma comunicação violenta baseada na falta de inteligência emocional existente no trânsito. Muitas vezes estas reações causadas por estresse e ansiedade resultam em brigas nas vias, ou em até mesmo em multas, já que pessoas apressadas e nervosas sempre estão passando acima da velocidade em radares ou avançando os semáforos das vias.
Partindo do descontrole emocional que afetam os centros urbanos, como pode ser resolvido o problema da inteligência emocional dos condutores?
A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL SENDO TRABALHADA NO CENTRO DE FORMAÇÃO DE CONDUTORES
A solução pode ser desde o princípio do aprendizado deste condutor, ou seja, no momento em que o condutor está com a Licença de Aprendizagem de Direção Veicular (LADV), deveria também possuir um aprendizado sobre inteligência emocional e comportamental para os futuros condutores.
Para Márcia Pontes, especialista em trânsito e em inovação pedagógica, o princípio de se terem condutores com uma inteligência emocional passa principalmente pela especialização dos instrutores, conforme afirmou em entrevista ao Portal do Trânsito.
“Eles podem buscar mais conhecimento para atender também as demandas emocionais dos alunos como depressão, síndrome do pânico, síndrome de ansiedade generalizada e outras manifestações não patológicas de ansiedade e medo durante a aula. Esse diferencial pedagógico é que vai valorizar o instrutor que acompanha as demandas do mercado.” Afirma a especialista.
O medo gerado pelo novo aprendizado, juntamente com a falta de instrução adequada dos instrutores, são a combinação perigosa que estamos criando para a educação do nosso trânsito.
Para além da direção defensiva, que basicamente irá indicar ao condutor como se comportar de forma segura no trânsito, deveríamos também possuir nos Centros de Formação de Condutores (CFCs) um acompanhamento psicológico dos condutores, entendendo o tempo de cada um para o aprendizado e também mostrando o caminho correto de se conduzir um veículo sem ansiedade ou nervosismo.
Condutores que saírem já treinados para terem uma inteligência emocional preparada para as adversidades do trânsito seriam também por consequência mais educados e adaptados às situações que estariam por vir nas vias agitadas dos grandes centros urbanos.
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