A DIMINUIÇÃO DA VELOCIDADE MÁXIMA NOS CENTROS URBANOS

Acompanhe este post até o final e saiba quais são os benefícios e as consequências para as reduções das velocidades máximas nos centros urbanos.

O trânsito urbano por diversas vezes sofre alterações. Desde acréscimo de vias, substituição do asfalto e novos equipamentos de segurança para se adaptarem à realidade de cada tempo.

Uma das alterações que mais causaram impactos positivos no mundo foram as reduções de velocidades máximas dentro das vias urbanas.

Dentro da Declaração de Estocolmo sobre Segurança Viária em 2020, o objetivo era de reduzir pela metade o número de mortes até 2030. Uma das ações que fariam efeito para chegar a este objetivo seria justamente reduzir a velocidade das vias.

QUAIS CIDADES JÁ ADOTARAM A REDUÇÃO DA VELOCIDADE?

• Nova York foi uma das primeiras a reduzir a velocidade nos centros urbanos. Em 2014, o limite de velocidade nas ruas passou de 48km/h para 40km/h. Segundo o programa Vision Zero que implementou esta mudança, um pedestre tem o dobro de chances de sobreviver a um acidente com um carro que está a 40km/h do que com um veículo que está a 48km/h.
• Paris foi outra cidade a aumentar os locais com redução de velocidade. A prefeita da cidade Anne Hidalgo prometeu para o seu segundo mandato ampliar o limite de 30km/h para mais áreas urbanas da capital francesa.
• Na Espanha, após uma alta no número das mortes em 2019, o governo espanhol também decidiu reduzir a velocidade das vias urbanas passando de 50km/h para 30km/h. Na Holanda houve a mesma redução e se espera uma queda de até 31% no número de mortes.
• Aqui no Brasil, Curitiba também já aderiu a proposta e tornou 50km/h como novo padrão de velocidade máxima no trânsito. Em São Paulo, a redução da velocidade máxima das vias urbanas que levam os veículos para o centro da cidade para 50km/h trouxe não só 20% de redução do número de acidentes entre 2015 e 2016, como também a redução de engarrafamentos provocados pelos mesmos, de acordo com Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

O QUE A REDUÇÃO DA VELOCIDADE AJUDA NA MOBILIDADE URBANA?

Conforme já trouxemos aqui no Blog no texto “Micromobilidade Cresce na Pandemia”, uma das grandes dificuldades de adaptar os veículos alternativos ao espaço urbano é a diferença entre as velocidades considerando os veículos tradicionais.

Com a redução da velocidade, o trânsito se torna mais flexível para outros tipos de mobilidade, considerando que a segurança dos usuários de bicicletas elétricas, monociclos e patinetes estariam mais eficientes, já que a velocidade dos automóveis estariam parecidas nos espaços urbanos de maior movimentação.

Segundo cartilha divulgada pela Prefeitura de Curitiba “Dez Razões Para Você Reduzir a Velocidade”, o aumento de velocidade de 1km/h aumenta em 3% as chances de se envolver em um acidente com lesões e de até 5% o risco de se envolver em um acidente fatal.

Sabendo dessa estatística, para conseguirmos garantir segurança para usuários de micromobilidade, a redução da velocidade das vias urbanas se torna importante.

REDUÇÃO DA VELOCIDADE X AUMENTO DE EMISSÃO DAS MULTAS

A redução da velocidade nas vias urbanas trouxe outro fator para a vida dos condutores, o aumento da emissão de multas.

Somente em São Paulo, em um levantamento realizado entre 2014 e 2015 publicado no jornal El País, mostrou que as emissões de multas por excesso de velocidade registradas por radar mais que dobrou após a redução da velocidade nas vias.

Em 2014, cerca de 1,18 milhão de infrações foram aplicadas, já em 2015 o número total foi de 2,8 milhões de infrações aplicadas por radares, segundo dados da Prefeitura de São Paulo.

O aumento das multas reflete no bolso e na educação de trânsito dos condutores, que deverão compreender que para os próximos anos, a tendência será a redução da velocidade máxima das vias para garantir a segurança das pessoas que usam o trânsito todos os dias, não importando o meio de locomoção.

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